sábado, 5 de outubro de 2013
Gestão de Custos – Como identificar e gerenciar um programa de redução de custos e despesas.
Muito embora o discurso tenda sido outro, sabemos não estamos mais vivendo uma era de plena abundância e de pleno emprego, segundo a revista Exame os lucros das empresas abertas brasileiras caíram 47%, considerando um período de um ano.
Em situações como esta não resta alternativa a não ser estabelecer um amplo programa de redução e cortes nos custos, mas a luz da verdade, quais são as organizações que estão preparadas para iniciar um processo desta magnitude? Se levarmos esta indagação as pequenas e médias empresas? Possivelmente uma grande maioria responderia que não estão devidamente preparadas e igualmente não saberiam por onde começar, dada à complexidade e responsabilidade que envolve a questão.
A principal complexidade é a definição entre custos e despesas, uma vez que o corte progressivo de custos, para recuperação de margem de contribuição, acaba por muitas vezes eliminando a capacidade de produção, ou decorrem em perda de produtividade e consequentemente em perdas de receitas, agravando ainda mais a situação.
Um estudo concluído ao final do mês de agosto de 2012, pela empresa de consultoria Bain&Company sugere que empresas insistem em cortes que sacrificam o desempenho no médio prazo e que se caracterizam pela emergência de se fazer algo. Algo que há muito tempo prego em empresas de médio porte, e isso fica evidente quando ao compararmos algum tempo depois os indicadores de custos, verificamos que muitas delas retornam a um patamar de custos cerca de 10% maior, após a aplicação do programa.
Por definição despesas representam desembolsos que visam à manutenção de uma atividade e custos vincula-se a produtividade. Para que um programa de redução de custos e retenção de despesas sustentável possa funcionar é preciso acima de tudo à criação de um canal de diálogo permanente com todos os envolvidos, do chão de fábrica a alta direção.
Segundo passo é mapear e selecionar em áreas críticas, fugindo da armadilha comum do corte padronizado e sem critério previamente estabelecido, que além de gerar incertezas, propicia a operação caça as bruxas. Em terceiro é estabelecer um amplo e constante mapeamento dos indicadores de custos e despesas, estabelecendo metas mínimas e máximas e pontos de reavaliação negociada, para que o futuro não seja comprometido com ações de curto prazo.
Em quarto é necessário ter sangue frio, ou seja, saber planejar os passos e reconhecer os sinais do mercado por meio de painéis de cenários, manter um constante monitoramento destes sinais enviados pela base do mercado. O mapeamento constante de indicadores chave, aliado a mensuração diagnóstica, nos leva ao equilíbrio no controle dos custos e despesas, fazendo com que ganhemos tempo para agir com rapidez e eficácia, reduzindo a margem de erro.
Em termos de administração não existem grande problemas, e sim um amontoado de pequenos problemas que não damos a devida atenção, que juntos se tornam grandes, assim como a geração de custos e despesas, que crescem indiscriminadamente resguardando-se da inocência com que nos orientamos sobre eles. Pense nisso, após refletir um pouco responda: Você identifica um destes quatro itens em sua organização, quando o assunto é corte de custos e despesas?
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