sábado, 21 de novembro de 2009

Amil compra controle da Medial por R$ 612 milhões

Empresa vai pagar um prêmio de 17% sobre a cotação das ações da rival

A operadora de planos de saúde Amil comprou uma de suas maiores concorrentes, a Medial. A empresa anunciou a aquisição de 36,22 milhões de ações ordinárias (com direito a voto), o que corresponde a quase 52% do capital total.
Pelos papéis, a Amil, vai pagar 612,5 milhões de reais, ou 17,2066 reais por ação. Isso representa um prêmio de 17% em relação à cotação dos papéis no fechamento da bolsa nesta quarta-feira (14,70 reais). Os papéis tiveram forte procura no início do pregão desta quinta e abriram negociados a 16,60 reais, em alta de 12,93%. Já as ações ordinárias da Amil. subiam 9,15%, para 13 reais.

A operação consolida a posição de liderança da Amil no mercado brasileiro de planos de saúde. Com o negócio, a fatia de mercado da Amil. no Estado de São Paulo, o mais rico do país, quase dobra, dos atuais 7,9% para 15,1%. Em todo o Brasil, a fatia salta de 6,2% para 10,1%, atingindo 4,2 milhões de beneficiários em saúde e outros 986 mil em planos dentais.

Há vários meses o mercado especulava sobre a aquisição da Medial pela Amil. No ano passado, EXAME antecipou que as duas empresas negociavam uma fusão.

A Medial sempre negou a existência das conversas, mas em outubro os rumores voltaram a circular devido à saída de Emílio Carazzai da presidência da empresa. Sua substituição pelo executivo Henning Von Koss foi interpretada no mercado como um sinal de que a Medial poderia ser alvo de aquisição.

Como a Medial faz parte do Novo Mercado da BM&FBovespa, os minoritários terão direito de vender suas ações à Amil nas mesmas condições oferecidas aos controladores (R$ 17,2066 por papel). A empresa já informou que fará a oferta pública para a recompra de todos os papéis da Medial, que, se bem-sucedida, levará a sua saída da Bovespa.

O negócio ainda precisará ser aprovado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regulamenta o setor de planos de saúde no Brasil. Além disso, terá de ter o aval dos órgãos de defesa da concorrência brasileiros.


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